quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

beija a mim, botão

fui ao cinema!
tenho ido muitas vezes ultimamente, culpa das promoções dos cartões que nos dão para as mãos quando começamos a ter vida própria :P
'muitas vezes' para mim significa em média duas vezes por mês - para quem ia meia duzia de vezes no ano já é bem bom! e o que foste tu ver ao cinema? interrogam-se vocês.
pois bem, fui ver 'the curious case of Benjamin Button',
um filme que fala de tudo, incluindo dos próprios buttons.




são três horas de intensa história.
dois excelentes actores.
a banda sonora também não é nada má.
e damos por nós a desejar contrariar a máxima de vida que é 'rejuvenescer para ter mais tempo para aproveitar'. o Benjamim vem provar o contrário: ele rejuvenesce com dor, porque todos os que ama envelhecem. vai perdendo todos, enquanto se perde a si próprio, pois não há lugar no mundo pra quem retrocede.
no fundo todos fomos feitos para caminhar em frente.
a man like any of us, unable to stop time.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

porque aceitei a sugestão lunar :)

Eu me apaixonei pela pessoa errada.
Eu já me apaixonei pela pessoa certa.
Eu já odiei alguém.
Eu ja tolerei muita gente.
Eu já dei um murro na cara de um rapaz.
Eu já conversei durante horas, sem perder o assunto.
Eu já fiquei em silêncio durante horas, por não ter assunto.
Eu já perdi amigos.
Eu já conheci pessoas fenomenais.
Eu já tive conversas que me mudaram.
Eu já tive conversas parvas.
Eu já passei a noite na praia.
Eu já passei uma noite à chuva.
Eu já andei às voltas de carro, durante a noite.
Eu já fiz 'directas'.
Eu já concretizei o trabalho de um ano lectivo numa só noite e tive 19.
Eu já dormi mais de 12 horas seguidas.
Eu já desmaiei três vezes no mesmo dia.
Eu já fiz um piercing.
Eu já tive o cabelo liso.
Eu já fiz pic-nics num castelo.
Eu já rebolei numa passadeira.
Eu já fumei.
Eu já apanhei uma grande bebedeira.
Eu já curei bebedeiras a amigos.
Eu já fiquei maravilhada com as voltas que a vida dá.
Eu já reprovei a matemática.
Eu já estou na faculdade.
Eu já trabalho.
Eu ja recebi uma rosa (vermelha).
Eu já dei uma rosa (azul).
Eu já pareço ter mais do que dezoito anos (infelizmente).
Eu já apanhei comboios sem pensar no destino, porque me apetecia passear.
Eu já me perdi nas ruas do Porto.
Eu já sou caloira.
Eu já tenho padrinho.
Eu já entrei em fontes.
Eu já perdi a voz.
Eu já chorei à frente de dezenas de pessoas.
Eu já disse 'amo-te'.
Eu já li o mesmo livro três vezes.
Eu já vi o meu filme favorito duas vezes (seguidas).
Eu já dancei danças de salão.
Eu já fiz de joaninha e de porca em peças de teatro.
Eu já fui a Londres e a Roma.
Eu já tive momentos de fraqueza.
Eu já tive momentos de muita felicidade.


Eu ainda não conduzo.
Eu ainda não sei o que quero fazer da vida.
Eu ainda não comprei o traje.
Eu ainda não sei se vou continuar a trabalhar.
Eu ainda não fiz o piercing que queria fazer.
Eu ainda não estudei (este ano).
Eu ainda não li os livros que queria.
Eu ainda não vi os filmes que queria.
Eu ainda não beijei quem queria.
Eu ainda não encerrei certos capítulos da minha vida.
Eu ainda não escrevi o meu romance.
Eu ainda não publiquei um livro.
Eu ainda sei quem sou.


Eu nunca fugi de casa.
Eu nunca comi sushi.
Eu nunca desliguei o telefone na cara de alguém.
Eu nunca gostei do cheiro a laranja.
Eu nunca amei ninguém.
Eu nunca fui amada.
Eu nunca fui boa a desporto.
Eu nunca soube cantar.
Eu nunca neguei uma segunda oportunidade.
Eu nunca desisti à primeira.
Eu nunca soube aproveitar certas coisas como devia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

mas porque é que eu sou assim...?

Apesar de eu saber à priori que não ia fazer o exame,
entrei na sala (para entregar o trabalho),
olhei para ele,
sentei-me
e aproveitei a folha de rascunho para escrever umas coisas.

[há que tirar partido de todas as situações.]


A mente rodopia, numa miscelânea de sentidos.
Sempre os mesmos verbos (versos?), sempre o mesmo amor (verso?), sempre as mesmas dúvidas (versos?), sempre a mesma inconstância (verso?), sempre o mesmo caminhar sob as palavras como palco de cristal para actuações sem agenda nem vontade ou inspiração.
Verso? Mas o que é afinal a Poesia senão tropeçar nas emoções? É verbo, amor, certeza constante?
Sangue bramado pelo branco, pureza que anseia ser corrompida pelos que nada sabem muito sabendo. Soubesse eu de mim e seriam outros verbos (versos), outro amor (verso), outras dúvidas (versos), outra inconstância (verso), outro caminhar rumo ao reflexo do que não foi e será (verso).
Soubesse eu de mim e esta folha estaria ainda branca. Que é de mim, abandonada ao frio na soleira de uma porta? Entrada para onde, porquê, com quem? Não sei que faça, se nada sei fazer. Mas a caneta não pára, porque nada nunca pára.
Talvez tudo escreva quando julgo que ninguém lê. Talvez a alma precise desses truques para se sentir livre. Talvez tudo seja de facto só m,ais um (outro) verso.
Parei.
No silêncio da sala estende-se um eco que não sei se está realmente lá (aqui). Não pertenço aqui (lá). Pela primeira vez em muito tempo sei onde não estar e ainda que aqui esteja, sinto-me invadida de sabedoria e repleta de serenidade.
Frio? Não.Não faz frio porque já entrei (para onde, porquê, com quem?) e apenas fará frio novamente quando me aperceber de que a entrada nada mais é do que uma outra saída. Aí vou tropeçar, e escrever mais um verso. Talvez mais nu, maior, melhor. Talvez mais repleto de conceitos e regras e ritmo, menor, pior. Talvez deixe de escrever, quando deixar de compreender o que o papel me diz. Talvez deixe de escrever quando deixar de ouvir a caneta chamar. Talvez. Sempre as mesmas dúvidas (versos?).
Sem agenda, sem vontade, sem inspiração. Sou estrangeira do país de mim, imigrante ilegal não falante do português.
O país está velho, abandonado.
Há que ter pulso para erguer ruínas.
Há que ter versos para dar a vida.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

it's Bublé time



porque hoje estou bem disposta e me apeteceu
1. ouvir boa música e saborear bom café sem sair da cadeira
2. recordar o Starbucks e, consequentemente, a minha primeira viagem
3. sorrir aparvalhada a olhar para o ecrã do pc, pois é o que sempre faço quando há michael bublé envolvido


'n'joy!
it's YOU time

:D

espírito natalício

passou um mês
e vivo (morro) de saudade

domingo, 18 de janeiro de 2009

há um ano atrás



[...]

são momentos, são impulsos, são paixões...
cartas, quadros, fotos, flores ou canções...
de luares, mil sóis e dias por haver!
e é tudo sempre o mesmo, tão diferente
que sinto, quero, ouço e prendo tanta gente
e no fim só tu me tens sem eu te ter.


escrito ha sensivelmente um ano atrás...
quando conclui que
'a vida não tem encanto, tem projectos, planos, sortes, azares e coincidências'





*

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

o que tiver de ser será

' a sede evaporou-se como se fosse a própria água'
somos feitos de surpresas.


e por isso mesmo abri um livro ao acaso, mas era um policial e voltei a fechá-lo.
abri um segundo e era o Inferno, de Dante.
'Sempre que de mentira a verdade tenha aspecto, deve o homem até poder cerrar os lábios, para que, sem culpa ter, não haja de que se envergonhar.'
*

domingo, 11 de janeiro de 2009

(...)



ALBUM/XII

[...]

Bem. Agora devia sofrer
cuspir nos espelhos
dos remorsos.
E esbofetear o céu
com gritos de mãos de ossos.

Mas não. Sorrio.
Todos nascemos nus
- condição dos mortos
despidos pelo frio.


José Gomes Ferreira
[Porto, 1900-1985]


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

num dia frio, uma manta e um dvd

o melhor filme. Crash
uma das melhores músicas. In the Deep, Bird York



Thought you had all the answers
to rest your heart upon.
But something happens,
don't see it coming,
now you can't stop yourself.
Now you're out there swimming...
In the deep.

Life keeps tumbling your heart in circles
till you... Let go.
Till you shed your pride,
and you climb to heaven,
and you throw yourself off.

Now you're out there spinning...
In the deep.

30.10.08 / bar (bar)ulhento da flup



lamentos de memórias
lágrimas de vidas passadas
voltam para mim
e sem saber
eu choro.
não sou triste mas tristemente choro
não sou feliz mas felizmente choro
sou humana
e (completamente) sinto
ao rubro
o cair da chuva
neste segundo, fracção de tempo
momento consagrado
em que o bater das horas
envolve o meu passo acelerado
e em que tudo se pensa
tudo se sente
tudo é fado.




*Braga

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

a um artista




'You can grow flowers

from where dirt used to be.'


>kate nash 'merry happy'


recordar é sobreviver




'e enquanto esperava no fundo da rua

pensava em ti

e em que sorte era a tua

quero-te tanto'


verão.
dias loucos.
mudança.
viagens nocturnas, meninos-miúdos.
duas meninas miúdas a cantar a altos berros.

foram noites.

'a vida vai torta, jamais se endireita'
porque é tão bom recordar

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

e ela chamava-se mariana











'esta menina, por onde passa deixa uma marca'
dias assim.


tempo para estar sozinha,
arrumando a cabeça para aprender a estar com os outros.




e assim começa 2009.
virando as costas a 2008*

sábado, 3 de janeiro de 2009

we are family


a primeira foto de 2009 :')



WE ARE FAMILY...


I'VE GOT ALL MY SISTERS AND ME
[menos o Fábio que é 'brother' =P]


*

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

inicio de um outro inicio

o primeiro abraço.
a primeira mensagem.
o primeiro brinde.
o primeiro escandalo.
a primeira gargalhada.
o primeiro adoro-te.
o primeiro telefonema.
o primeiro amo-te.

a primeira noite

de 2009.