quinta-feira, 11 de março de 2010


pé ante pé

no escuro

tal e qual pantera

no florescer caótico da primavera

corre no vento a noite

em que serei tua...

esculpes nas estrelas

o meu corpo, toda nua

bebendo das noites

um calor sem fim

trago no regaço o melhor de mim

e devolvo aos rios

o segredo sussurrante

do caminho do teu corpo

onde me envolvo, errante

e bebo a verdade

dos teus lábios fugidios.


*
[8.03.2010]

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