Continua a saga da vida sem tempo, ou do tempo sem vida.
São mensagens a que me esqueço de responder, pessoas que me esqueço de visitar, encontros que adio, informações que não processo, testes e trabalhos e mesquinhices que enfio na gaveta e sobre as quais prefiro sobrepôr umas horas de sono.
São pessoas que se cruzam connosco e cujo sorriso nos faz esquecer toda a porcaria - para não dizer palavrões - pela qual já nos fizeram passar. São outros sorrisos que nos aliciam, mas cuja profecia optamos por não seguir. São bilhetinhos perdidos que reencontramos, para mais tarde sermos puxadas para a realidade (da idade). São noites na cidade onde os pés nos atraiçoam e onde só a bebida parece a solução. São fotografias que nos revelam que a vida é mesmo madrasta, e que também pode ser no passado que encontramos o nosso futuro. São pessoas que não queremos magoar magoando, são pessoas que nos magoam e que não conseguimos magoar. São histórias, memórias, sapatilhas! São horas Negras e cansaço e stress e falta de tudo o resto. São noites perdidas em conversas; são muito muito muito poucas horas de sono e fantasmas diurnos que nos fazem querer dormir.
E depois sobro eu, nervosa, irritada, sem paciência, sem força, sem vida, sem nexo. Sobro eu com as fotocópias e livros e cd-roms para ler, sobro eu com amigos e familiares a quem dar de mim, sobro eu com um trabalho a part-time que me suga a minha última vitalidade diária, sobro eu com três cafés a adormecer na minha aula preferida.
Mas... the show must go on.
Globalismo vs Nacionalismo
Há 5 meses