quarta-feira, 14 de outubro de 2009

importância das folgas - parte II

Hoje deu-me para tudo e mais alguma coisa.
Deu-me para ser chata. Para ser depressiva e deprimente. Deu-me para reclamar e ser querida, ter gestos bonitos e não ouvir nada da única aula do dia. Hoje deu-me para ser séria e rir e ser elogiada e maltratada. Hoje deu-me para, deuses do Olimpo me valham, me isolar na biblioteca.
Eu podia ter ido pra casa. Eu podia ter ido às compras ao shopping, ou podia ter ido buscar o meu telemóvel, que ficou finalmente pronto. Eu podia até mesmo ter ido ao cabeleireiro, depilação, coisas fúteis femininas. Mas não. Deu-me para um outro tipo de feminismo, aquele de rato de biblioteca que raramente sente estes impulsos.

Falei, no post anterior, de folgas e da importância das mesmas. A minha hoje foi passada com uma capa traçada, seguida de uma aula da qual apenas ouvi a a frase 'não se diz jogralesas, é soldadeiras', seguida de um banho, seguido de pão quentinho com manteiga no quartinho da Juju, seguido de um café e de uma aposta perdida, seguido deste final isolamento.
Feminismo literário, já que peguei num livro de Luís Fernando Veríssimo intitulado As Mentiras que os Homens Contam e me deu uma imensa vontade de escrever - felizmente não sobre o assunto.


Quero alcool nas veias e furor nas conversas - após um jantar na miserável cantina (ou não, porque já me disseram que hoje é febras), aqui vamos nós rumo ao degredo da cidade.


A sério, eu ainda não acredito que estou aqui desde as oito da manhã.*

1 comentário:

Voluptia disse...

Acho que hoje...salvaram-se as febras!

E a sangria mágica daqui a bocado!

Até já conversas, álcool nas veias (menos nas minhas que nas vossas!) e seja o que nós quisermos!