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Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer, mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...
[Mafalda Veiga, Balançar]
Passou mais de uma semana mas continuo sem conseguir dizer nada de jeito.
As palavras só saem quando não conseguimos exprimir o que sentimos e, por isso, temos de recorrer a elas; mas o meu sorriso, as minhas lágrimas... exprimiram tudo nestes dias.
Por isso não tenho muito a dizer.
Arroz.
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