quinta-feira, 4 de março de 2010

.sem título?.


vem dar vida
ao que ja foi o 'eu'
sentir berrar um corpo
que não conheço como meu
resgatar-me da morte
dos amores por vir
deixar-me ficar
e no entanto partir
corromper a pele
sedosa, áspera, torta
beijar-te a alma
fria, quase morta
plantar suspiros
doçuras por haver
e sentirás os tiros
balas, doces feridas
fortes calafrios
noites desprendidas
vem neste corpo inexistir
vibrar nesta mulher


3 comentários:

José Borges disse...

Muito bom mesmo. Continua, que sempre que eu gosto.

José Borges disse...

*Continua sempre que eu gosto...

Voluptia disse...

Vai disto que amanhã é tarde.