O Fado não é mau
Não é um crime ou um defeito
É um emaranhado de cordões
que nos entrelaça o peito
Deolinda
Choro com a guitarra seu suor
vivo solto na capa que esvoaça
e corre-me nas veias o sabor
deste Porto, deste rio qu'em mim passa.
Pelas ruas, pelos becos, pelo escuro
sonhos eternos desta juventude
fica o sabor da breve negritude
oh cidade, fico eu, qu'em ti perduro!
no guitarrar bramante dos que vão
dos que partem na instância do ficar
na saudade portuguesa, no chorar
nesta capa que se traça, neste chão.
Voam loucas as noites, as paixões
a vontade que é mais forte que o poder...
ficam marcas, desfalecem corações
neste eco de estudante que vou ser.
[5 de Junho de 2009]
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