[...]
o SONHO agarra-se ao sarro das velas e
a alba fustiga os vidros da janela onde
encostei a cara PARA CHORAR como as glicínias
regresso ao cais regresso
com este LAMENTO AO LEME OS PULSOS CANSADOS
pelo brilho cortante do sal aceso no vento que
transporta
e agita as silentes sombras de FERAS LONGÍNQUAS
e perfura o sono e a gestação fantástica dos lírios
magoadas águas
reflectindo CICATRIZES LANCINANTES de néons
o cais por fim o cais onde desembarcamos e
DE NOSSOS CORPOS NÃO NOS LEMBRAREMOS MAIS.
Al Berto, de «Alguns Poemas da Rua do Forte» - 1983
Globalismo vs Nacionalismo
Há 5 meses
2 comentários:
O titulo é a tua cara ^^
Pedaços de capas. =) *
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