Não sei.
Alguém sabe mas não diz.
É dia de sussurros.
As horas batem compassada e silenciosamente;
sinto-te perto, ritmado.
Já foste meu, curioso.
Já fui tua, curiosa.
Fomos, sem sermos;
demos, sem darmos;
tiramos, tirando.
Nao sei.
Alguém sabe mas nao diz - e as horas escorrem pelo vidro, chovendo.
O teu reflexo entra em cena,
contranstando com o meu, sossegado.
Sim, sempre fui assim.
Não, nunca fui assim.
Mudei sem me aperceber;
a amargura entranhada na pele,
enregelando os ossos,
tomando conta do que era terreno alheio.
Hoje, sou propriedade do infortúnio.
(Talvez se a felicidade tivesse chegado primeiro...!).
As linhas do rosto, distorcidas,
já não contam história alguma.
Perderam-se as memórias,
perdeu-se a saudade e o sentimento,
perdeu-se o ego.
Sobrevive apenas a lágrima,
a um canto,
ritmada pelas horas que escorrem pelo vidro, chovendo.
Chovo em mim.
Não sei.
Alguém sabe mas não diz.
(Nunca diz).
Agradeço a mão que me levanta do chão.
(Eu sabia que tinha de me ter levantado sozinha...!)
Tombo novamente.
Sim, sempre fui assim.
Nao, nunca fui assim.
Não sei.
Globalismo vs Nacionalismo
Há 5 meses
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