sexta-feira, 14 de novembro de 2008

é de noite - e escrevo



É de noite e escrevo
como se a febre de mim
se resolvesse com palavras.

(insisto em trocar os nomes às coisas)
a solução é o problema!
se o silêncio é tão mais fácil
mas também condena...

Qual o pior castigo?
Sentir-te longe
ou não te sentir?

Não me cortes as asas
deste sonho bom
porque é de noite,
escrevo
e estás aqui.

(insisto em trazer as pessoas comigo)
a certeza é o incerto!
se a ausência é tão mais fácil
mas também magoa...

Pouso os problemas na almofada.
O que fazer com eles? Adormecê-los.
O amanhã não traz soluções
mas traz horas de sono.

Sem comentários: