É de noite e escrevo
como se a febre de mim
se resolvesse com palavras.
(insisto em trocar os nomes às coisas)
a solução é o problema!
se o silêncio é tão mais fácil
mas também condena...
Qual o pior castigo?
Sentir-te longe
ou não te sentir?
Não me cortes as asas
deste sonho bom
porque é de noite,
escrevo
e estás aqui.
(insisto em trazer as pessoas comigo)
a certeza é o incerto!
se a ausência é tão mais fácil
mas também magoa...
Pouso os problemas na almofada.
O que fazer com eles? Adormecê-los.
O amanhã não traz soluções
mas traz horas de sono.
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