corro para ti
parado, ao fundo, à espera, à deriva
não estás.
todas as portas se fecham
à minha passagem
e o tempo demora-se
como verniz vermelho nas unhas,
os lamentos arrastam-se
com a lentidão do caminho para casa
e as certezas desfazem-se
como grãos de areia escapando pelos dedos.
corro, mas não estás.
e no frio da cidade, escrevo
e na solidão da noite, choro.
percorro as ruínas de mim
para escutar o eco da tua voz
que um dia juraste ser a minha.
um papel esvoaça.
largaste no vento os versos que te fiz.
é o problema do sentimento.
é o problema de nos sentirmos
ímpares.
Globalismo vs Nacionalismo
Há 5 meses
2 comentários:
Adoro o titulo...e so isto que tenho para dizer.
Sensação de ímpar que só pode advir depois de se ter conhecido o par.
Tantos que não têm nem nunca terão essa sorte...
A vida é feita de contratempos.
(prazer em estar por aqui)
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