Há dias em que esperamos que cheguem dias melhores. Dias que não chegam, se não formos buscá-los, meet halfway.
Pessoas que fazem tudo pela metade, pessoas que fazem metade do tudo que almejaram. Pessoas que sempre quiseram, nunca concretizaram - a vontade não encontrou um barco que a levasse a um bom porto.
E, depois, há aquelas noites, partes dos dias, em que uma música nos acolhe o coração, embalado pelo ritmo autocarro, perdido, rendido, à cidade que percorre. E a música toca-nos, invade-nos.
É óbvio que nada é insubstituível, que nada é radical ao ponto de garantirmos que não mudará.
Da mesma forma que uma guitarra chora, um olhar sorri. Da mesma forma que o mar se agita, a terra revolve.
Há dias em que esperamos que cheguem dias melhores, para perceber que, de facto, esses são os melhores dias.
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