sexta-feira, 10 de abril de 2009

it takes (more than) two to tango


É tão simples quanto isto - enquanto dura não damos valor, não sentimos falta, não sabemos aproveitar. Até podemos ter a noção de que é finito, mas comportamo-nos como se fosse mesmo infinito. Como se durasse para sempre (sendo o sempre o nosso limite, o nosso desejo, a nossa vontade), como se fosse o que nós quisessemos. Só pensamos em nós. Só pensamos até onde nos apetece ir, o que nos apetece aguentar, o que vamos decidir. NÓS.

Esquecemo-nos muitas vezes que são precisos dois para dançar o tango.
E ainda é preciso que montem a pista e coloquem a música.

Esquecemos que tanto do que está por trás completa aquilo que vemos e não sabemos aproveitar.
Mas também, qual era a magia de fazer tudo e saber tudo e viver tudo e não nos arrependermos de nada?
Se há coisa que o comum mortal tem de mais comum é o facto de todos pensarmos 'e se'.
Que seria de nós sem esse comum factor que nos faz ter mais vontade de viver para (re)viver diferente e mudar, mudar tudo e fazer melhor, crescer, erguer a alma, cerrar os punhos e batalhar? Nem que seja para voltar a cair, já valeu a pena.

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