quinta-feira, 30 de outubro de 2008

do tempo que passa

barulho.
sentido ausente do que nunca se decifra,
mistura de sabores, seres, mortes, azares
e uma mesma força dividida
em mil sentidos de ruas sem saída,
no palpitar de uma cor em vários tons.

subir na escala significa descer bem fundo,
reerguer-se rumo ao sol
beijar borboletas endeusadas, mariposas malfadadas!

somos flores murchas
desta jarra esquecida
para embelezar a mesa do jantar
(e dói saber que já tivemos um propósito)

barulho,
somos feitos de barulho
e assente nos móveis.




>escrito no bar [bar]ulhento da FLUP

1 comentário:

blonde disse...

podes crer!!! aquele bar é realmente um caos!!! mas é também um sitio onde se passam bons momentos!!! tinha ido visitar o teu outro blog, mas já que vi a morada deste aqui fica o comment.
e agora já podes ir cuscar o meu.
beijinhos, Ana Lúcia