terça-feira, 1 de junho de 2010

(do nada)

Dois passos para trás e esta não é a minha vida.
Assisto a tudo com o olhar pesado de quem vê uma peça de teatro. Um filme quiçá. Um drama.
A banda sonora de péssima qualidade, péssima luz, péssimos actores.
Isto porque ninguém sabe mentir, ninguém me sabe fazer feliz.
O tempo fugiu-me e apanhou-me demasiado preguiçosa para ir atrás dele.
Acordei uma manhã e na rodilha dos lençóis estava a desilusão.
Como eu gostava de sair porta fora e ter um mundo diferente no degrau da escada.
Novos rostos sem os mesmos defeitos, com os mesmos amores, talvez os mesmos ódios.

Nunca percebi a magia do pôr do sol, mas no entanto sempre gostei de o ver nascer.
Talvez seja por que me custa sempre dizer adeus.

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